terça-feira, 2 de junho de 2015

77 dias de erupção + 100 milhões de toneladas de lava = 45 milhões de euros de prejuízo

Após dois meses e meio, a última erupção do vulcão da ilha do Fogo foi dada por terminada no início de Fevereiro. Geólogo português relata esta quinta-feira, numa palestra no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, a campanha que fez a esta erupção.

Começou a 23 de Novembro de 2014 e terminou a 7 de Fevereiro de 2015: o vulcão da ilha do Fogo, em Cabo Verde, expeliu lava durante 77 dias na última erupção. Nos cálculos do geólogo José Madeira, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Instituto Dom Luiz, os derrames atingiram entre 100 e 125 milhões de toneladas de lava. Destruíram duas povoações, terras agrícolas, várias infra-estruturas, obrigaram ao desalojamento de cerca de mil pessoas e deixaram um prejuízo que o Governo cabo-verdiano estima em 45 milhões de euros.

Em Dezembro, José Madeira partiu para uma expedição ao vulcão do Fogo, como aliás já tinha feito na erupção anterior, em 1995. É esta experiência em primeira mão que relata esta quinta-feira na palestra Missão Ilha do Fogo – A erupção de Novembro de 2014, no ciclo de Conferências Ciência Viva, às 19h30, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. Organizadas pela Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, estas palestras de cientistas portugueses e estrangeiros, na última quinta-feira de cada mês, destinam-se a toda a gente e basta fazer a inscrição no site da Ciência Viva para ir lá assistir.

“De acordo com as observações dos colegas da Universidade de Cabo Verde, que acompanharam a erupção no terreno até ao seu final, as últimas emissões de lava ocorreram a 7 de Fevereiro, sob a forma de actividade explosiva já muito fraca”, informa José Madeira. “A actividade sísmica ainda se fez sentir até 20 de Fevereiro, mas sem qualquer emissão de produtos lávicos no intervalo entre 7 e 20 de Fevereiro. Portanto, a data de 7 de Fevereiro pode ser considerada como o final da erupção”, acrescenta. “As manifestações actuais encontram-se reduzidas a actividade fumarólica pouco intensa. Este é o processo normal após o final da actividade eruptiva.”

Em média, as erupções do vulcão do Fogo prolongam-se por dois meses, atendendo aos registos históricos. A erupção de 1995 também não fugiu a essa estatística, com uma duração de um mês e 24 dias. Desde meados do século XV, quando Cabo Verde foi descoberto e povoado, há registo de mais de duas dezenas de erupções. Algumas são referências lacónicas em livros de bordo de navios, por isso são muito mal conhecidas. A partir do século XVIII, os registos são mais completos, culminado com as erupções bem documentadas de 1951 – pelo geógrafo português Orlando Ribeiro – e de 1995.

“Os relatos escritos sugerem a ocorrência de 27 erupções em 515 anos, o que permite calcular um intervalo de recorrência de cerca de 20 anos. Isto faz do vulcão do Fogo um dos vulcões oceânicos mais activos do mundo”, assinala José Madeira.



Cratera principal do vulcão na noite de 28 de Novembro fotografada a 800 metros de distância.



segunda-feira, 1 de junho de 2015

Energia geotérmica

     A energia geotérmica é um tipo de energia que funciona graças à capacidade natural da Terra e/ou da sua água subterrânea em reter calor, e consiste em transferir esse calor, num sistema composto de canos subterrâneos e de uma "bomba de sucção de calor", para aquecer ou arrefecer um edifício.



     Uma bomba de sucção de calor é a componente do sistema que necessita de energia eléctrica para poder funcionar. O seu papel consiste em extrair energia térmica da Terra para um edifício durante o inverno e o contrário acontece durante o verão onde transfere o calor do edifico até uma zona mais fria da Terra, assim mantendo-o fresco.
Para isto ser realizável, a energia térmica tem de viajar através de um meio líquido (água subterrânea) contendo uma solução que previne a gelificação da água nos locais onde ela atinge temperaturas baixas.



Reflexão: O uso da energia geotérmica tem várias vantagens como libertarem menos gases para a atmosfera do que outras energias não renováveis, permite poupar energia, etc. No entanto tem, também várias desvantagens como ter um custo inicial elevado, a perfuração dos solos para a introdução dos canos pode ser dispendiosa, etc. É um tipo de energia usado já em várias partes do planeta e, em Portugal, é usado principalmente no arquipélago dos Açores.

domingo, 31 de maio de 2015

O Carvão



     O carvão inicia-se como uma camada de matéria orgânica de origem vegetal (plantas tropicais e subtropicais dos períodos Carbonífero e Pérmico) que se acumula no fundo de uma coluna de água, normalmente pântanos. Para que o processo se desencadeie a matéria vegetal tem que ser protegido da biodegradação e oxigenação , normalmente por lama ou água ácida. Desta forma ocorre a preservação de carbono atmosférico capturado pelas plantas, durante o ciclo de Calvin. 
      Segundo a visão clássica, da formação do carvão, os depósitos carboníferos formam-se a partir de restos de plantas acumuladas em pântanos, que se decompuseram parcialmente, levando a formação de uma camada denominada de turfa. A elevação do nível do mar ou o rebaixamento do solo provocam o afundamento dessas camadas sob sedimentos marinhos cujo peso comprime a turfa.   À medida que afunda aumenta a pressão e a temperatura, que comprimem e alteram quimicamente a turfa, além disso sob acção de bactérias anaeróbias forma-se uma pasta na qual se podem reconhecer em maior ou menor grau os restos vegetais. Estes carvões que têm origem nesta pasta vegetal denominam-se de carvões húmicos. 
      À medida que o processo prossegue a acumulação de substâncias tóxicas liberta das pelas bactérias leva a sua própria morte. A compressão pelas camadas superiores leva a que ocorra a saída de água e substâncias voláteis levando a um aumento relativo de carbono na pasta. Este processo que leva a um aumento da concentração de carbono denomina-se de incarbonatação. Dependendo do grau de incarbonatação formam-se tipos diferentes de carvão, obviamente que quanto mais intenso for o processo maior vai ser o concentração de carbono, maior é o seu grau energético, mas também mais próximo de uma rocha se encontra.
    Assim o carvão é classificado de acordo com os seguintes parâmetros: propriedade físico-químicas, cor, brilho, densidade, dureza e relação entre quantidade carbono e substâncias voláteis. Assim temos os seguintes tipos de carvões:

  • Lenhite ou lignite

    É um tipo de carvão com elevado teor de carbono na sua constituição (65 a 75%). A sua cor é acastanhada e encontra-se geralmente, mais à superfície, por ter sofrido menor pressão. A sua extracção é relativamente fácil e pouco dispendiosa. Quando queima origina muita cinza. Em termos geológicos é um carvão recente. Trata-se do único tipo de carvão estritamente biológico e fóssil, formado por matéria orgânica vegetal.

  • Carvão betuminoso ou hulha

    Um tipo de carvão mineral que contém betume. O teor de carbono da hulha encontra-se entre os 60 e 80%.A hulha foi a mola propulsora da indústria do século XIX, durante a chamada revolução industrial, sendo substituída pelo petróleo no século XX.

  • Antracite

     É uma variedade compacta e dura do mineral carvão que possui brilho intenso. Difere do carvão betuminoso por conter pouco ou nenhum betume, o que faz com que arda com uma chama quase invisível.   Os espécimes mais puros são compostos quase inteiramente por carbono. A antracite é criada por metamorfismo e está associado às rochas metamórficas, da mesma forma que o carvão betuminoso está associado às rochas sedimentares. Este é o carvão com maior percentagem de carbono podendo atingir cerca de 90% do seu peso total. Uma vez que o aumento de teor de carbono depende da idade e das condições de pressão e de temperatura a que estiveram sujeitos, assim a antracite representa os carvões mais antigos de todos. 


É normal numa coluna estratigráfica encontrar uma alternância entre estratos de carvão com estratos terrígenos. Em períodos de subsidência lenta ou pouco intensa é normal formarem-se estratos de carbono devido a abundância de detritos orgânicos. Por seu lado se o processo de subsidência for rápido, não há tempo para a formação de estratos espessos de matéria orgânica e como tal não ocorre a formação de carvão, mas antes estratos terrígenos.

    O carvão é outra das formas de produzir energia, mas este pertence ao grupo das energias não renováveis, e assim não dura para sempre as suas reservas são limitadas, visto que o carvão foi formado ao longo de milhões de anos, pelo resultado da decomposição de vários sedimentos orgânicos e vegetais e pelos vários factores que influenciaram a terra, quando esgotarmos as reservas que existem hoje em dia não poderemos esperar para que se forme mais, assim há que saber utiliza-lo de uma forma racional; além de se esgotar também polui como é comum das fontes de energia não renováveis. O carvão emite principalmente três tipos de gases que são o Co2, So2 e Nox.
     Logicamente o carvão só por si não tinha a capacidade de produzir energia eléctrica, assim para produzir energia eléctrica o carvão é utilizado em centrais Termoeléctrica, centrais estas que usam como combustível principal o carvão, apesar de haver as que possam usar fuelóleo.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

O Petróleo



     O petróleo é considerado uma fonte de energia não renovável, de origem fóssil e é matéria prima da indústria petrolífera e petroquímica. O petróleo bruto possui em sua composição uma cadeia de hidrocarbonetos, cujas frações leves formam os gases e as frações pesadas o óleo cru. A distribuição destes percentuais de hidrocarbonetos é que define os diversos tipos de petróleo existentes no mundo.Na natureza quando encontrado está nos poros das rochas, chamadas de rochas reservatórios, cuja permeabilidade irá permitir a sua produção.          Permeabilidade e porosidade são duas propriedades características de rochas sedimentares, motivo pelo qual as bacias  sedimentares são as principais locais de ocorrência. Porosidade é uma característica física, definida como o percentual entre volume vazio e o volume total das rochas.Permeabilidade é a característica física relacionada com a intercomunicação entre os espaços vazios, e permite que ocorra a vazão de fluidos no meio poroso. Na natureza as rochas sedimentares são as mais porosas, e quando possuem permeabilidade elevada, formam o par ideal  para a ocorrência de reservatórios de petróleo economicamente exploráveis. O Petróleo por possuir uma densidade média de 0,8, inferior a das rochas que constituem o subsolo, tende a migrar para a superfície provocando os clássicos casos de exudações(os egípcios utilizaram esse óleo como fonte de energia, como remédio e matéria prima para os processos de embalsamento). Se no caminho para a superfície encontra uma estrutura impermeável (armadilha), que faça o seu confinamento e impeça a sua migração, acaba formando um reservatório de petróleo. Vale salientar que esse processo ocorre lentamente (alguns milhares de anos), e gota a gota. UTILIDADES  O petróleo após ser purificado e processado, é usado como combustível primário em máquinas de combustão interna , sendo de grande importância para o homem.Em meados do século 19, a necessidade de combustível para iluminação (principalmente querosene, mas em algumas áreas, gás natural) levou ao desenvolvimento da indústria do petróleo.     Principalmente no século XIX, o crescimento do transporte motorizado fez com que a demanda crescesse muito rapidamente.     Hoje em dia, o petróleo fornece uma grande parte da energia mundial utilizada no transporte e é a principal fonte de energia para muitas outras finalidades. O petróleo tornou-se fonte de milhares de produtos petroquímicos


terça-feira, 26 de maio de 2015

O que são minerais?

    Para atender à definição de "mineral"  que é usada pela maioria dos geólogos uma substância deve cumprir cinco requisitos:
- ocorrer naturalmente
- ser inorgânico
- ser sólido
- ter uma composição química definida
- ter uma ordenada estrutura interna

"Naturalmente" significa que as pessoas o fizeram. O aço não é um mineral porque é uma liga produzida por pessoas. "Inorgânico" significa que a substância não é feita por um organismo. Madeira e pérolas são feitas por organismos e, portanto, não são minerais"Sólido" significa que não é um líquido ou um gás a temperatura e pressão padrão.
"Composição química definida" significa que todas as ocorrências desse mineral tem uma composição química que varia dentro de uma faixa específica e limitadaPor exemplo: o mineral halita (conhecido como "sal", quando é extraídotem uma composição química de NaCl. É composta por um número igual de átomos de sódio e cloro.
"Ordenado estrutura interna" significa que os átomos de um mineral são dispostos emum padrão sistemático e repetitivo. A estrutura do halite mineral é mostrado nailustração à direita. Halite é composto por uma razão igual de sódio e cloro átomos dispostos num padrão cúbico.
ice is a mineral    Sabias que: Embora a água líquida não é um mineral, é um mineral quando se congelaO gelo é uma ocorrência natural sólida, inorgânica com uma composição química definida e uma estrutura ordenada interna.http://geology.com/minerals/what-is-a-mineral.shtml

Minerais no nosso dia-a-dia

Usamos Minerais várias vezes por dia!

        Cada pessoa usa produtos feitos de minerais todos os dias. O sal que adicionamos à nossa comida é a halita mineral.  comprimidos de anti acido são feitos a partir do mineral calcite.
        São precisos muitos minerais  para fazer algo tão simples como um lápis de madeira. O "chumbo"é feito a partir de grafite e minerais de argila, a banda de latão é feita de cobre e zinco, e as cores que a tinta tem são pigmentos e enchimentos feitos a partir de uma variedade de minerais. Um telefone celular é feito usando dezenas de diferentes minerais que são originados a partir de minas em todo o mundo.
        Os carros que conduzem, as estradas em que nos deslocamos, os edifícios em que vivemos, e os fertilizantes utilizados para produzir os nossos alimentos são todos feitos com minerais. Nos Estados Unidos, cerca de três trilhões de toneladas de commodities minerais são consumidos a cada ano para sustentar o padrão de vida de 300 milhões de cidadãos. Isso é cerca de dez toneladas de materiais minerais consumidos por cada pessoa, a cada ano.

Commodities Minerais na Indústria






2010 United States Mineral Commodity Consumption




Mineral Commodity




Millions of Metric Tons
Crushed Stone1,200.0
Sand and Gravel786.1
Salt55.8
Iron Ore48.0
Phosphate Rock30.5
Gypsum22.5
Clays21.3
Dimension Stone14.0
Lime18.5
Sulfur11.30
Bauxite8.4
Potash5.6
Soda Ash5.2
Barite2.66
Copper1.74
Lead1.40


       Valores acima são estimativas de consumo de mineral commodities do United States Geological SurveyMuitas outras commodities pode ser adicionadas a esta tabela.
A indústria da construção é o maior consumidor de commodities mineraisPedra britada é utilizada para fundações, bases de estradas, de concreto e drenagem. Areia e cascalho são utilizados em concreto e fundações. As argilas são usadas para fazercimento, tijolos e telhasO minério de ferro é usado para fazer barras de reforço, vigas de aço, pregos e fiosGesso é usado para fazer drywall. Rochas ornamentais são utilizadas para enfeitar, contenção, pisos, degrause outras obras arquitetônicaEstes são apenas alguns dos muitos usos para essas commodities em construção.
      Na agricultura, fosfato e potássio são usados ​​para fazer fertilizantes. A cal é utilizada como um tratamento do solo com ácido neutralizante. Os nutrientes minerais são adicionados à ração animal.
       A indústria química utiliza grandes quantidades de sal, calcário e carbonato de sódio.Grandes quantidades de metais, argila e cargas minerais / extensores são utilizados na fabricação.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Fontes de Energia

     As formas de produção diferenciam-se de acordo com a fonte geradora, o impacto no meio ambiente e a viabilidade econômica. As fontes podem ser não-renováveis ou renováveis. As não-renováveis correspondem aos recursos naturais finitos no meio ambiente, como o urânio, o manganês e os combustíveis fósseis - petróleo, o carvão mineral e gás natural. Já as renováveis, uma vez exploradas pelo homem, se reconstituem espontaneamente ou por meio de práticas de conservação. Entre elas estão o ar, a água e a vegetação.

Fonte
Não-renovável
Obtenção
Uso
Vantagens
Desvantagens
Petróleo
Resulta de reações químicas em fósseis depositados principalmente no fundo do mar. É extraído de reservas marítimas ou continentaisProdução de energia elétrica; matéria-prima da gasolina, do diesel e de produtos como o plástico, borracha sintética, cera, tinta, gás e asfalto.Domínio da tecnologia para sua exploração e refino; facilidade de transporte e distribuição.polui a atmosfera com a liberação de dióxido de carbono, colaborando para o efeito estufa.
Nuclear
Reatores nucleares produzem energia térmica por fissão (quebra) de átomos de urânio. Essa energia aciona um gerador elétrico.Produção de energia elétrica; fabricação de bomba atômica.A usina pode ser instalada em locais próximos de centros de consumo; não emite poluentes que contribuam para o efeito estufa.Não é tecnologia para tratar lixo nuclear; a construção de usinas é cara e demorada; existe risco de contaminação nuclear.
Carvão mineral
Resulta da transformação química de grandes florestas soterradas. É extraído de minas localizadas em bacias sedimentares.Produção de energia elétrica; aquecimento, matéria-prima de fertilizante.Domínio de tecnologia para seu aproveitamento; facilidade de transporte e distribuição.Libera poluentes como dióxido de carbono e óxidos de nitrogênio; contribui para a chuva ácida.
Gás
natural
Ocorre na natureza associado ou não ao petróleo. A pressão existente nas reservas impulsiona o gás para a superfície, onde é coletado em tubulações.Aquecimento; combustível para geração de eletricidade, veículos, caldeiras e fornos; matéria-prima de derivados da indústria petroquímica.Não emite poluentes; pode ser utilizado nas formas gasosa e líquida; existe grande número de reservas.A construção de gasodutos e metaneiros (navios especiais) para o transporte e a distribuição requer alto investimento.
Renovável
hidre-
letricidade
A energia liberada pela queda de água represada move uma turbina que aciona um gerador elétrico.Produção de energia elétrica.Não emite poluentes; a produção é controlada; não interfere no efeito estufa.Inundação de grandes áreas e deslocamento de população residente; a construção das usinas é cara e demorada.
Eólica
O movimento dos ventos é captado por pás de hélices gigantes ligadas a uma turbina que acionam um gerador elétrico.Produção de energia elétrica; movimentação de moinhos.Grande potencial para geração de energia elétrica; não interfere no efeito estufa; não ocupa áreas de produção de alimentos.Exige investimentos para a transmissão da energia; produz poluição sonora; interfere em transmissões de rádio e TV.
Solar
Lâminas recobertas com material semicondutor, como o silício, são expostas ao Sol. A luz excita os elétrons do silício, que formam uma corrente elétrica.Produção de energia elétrica; aquecimento.Não é poluente; não interfere no efeito estufa; não precisa de turbinas nem geradores para a produção da energia elétrica.Exige alto investimento para o seu aproveitamento.
Biomassa
A matéria orgânica é decomposta em caldeira ou biodigestor. O processo gera gás e vapor, que acionam uma turbina e movem um gerador elétrico.Aquecimento; produção d energia elétrica e de biogás (metano).Não interfere no efeito estufa (o gás carbônico liberado durante a queima é absorvido depois no ciclo de produção).Exige alto investimento em seu aproveitamento.

Segundo relatório da ONU, 348 exajoules de energia foram produzidos no mundo em 1994.

Os combustíveis fósseis respondem por quase 90% da energia gerada no mundo, mas a exploração das fontes renováveis tem crescido nos últimos anos. Além de contar com recursos sempre disponíveis no meio ambientem, a produção de energia a partir das fontes renováveis provoca danos ambientais bem menores.

As reservas naturais não renováveis devem durar, em média, mais 113 anos.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Livro sobre recursos geológicos de Portugal


António José Nogueira Gomes de Moura, docente do Departamento Geociências, Ambiente e Ordenamento do Território da FCUP e José Lopes Velho publicam o livro "Recursos Geológicos de Portugal". O lançamento do livro decorrerá no dia 7 de fevereiro de 2012, às 17h30, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto. A apresentação da obra estará a cargo do Prof. Doutor José Augusto Fernandes, Professor Coordenador do ISEP - Instituto Superior de Engenharia do Porto e do Dr. Rui Rodrigues, Administrador da EDM - Empresa de Desenvolvimento Mineiro. 

O livro pretende dar a conhecer os recursos geológicos atuais e os explorados no passado em Portugal, sob os mais variados aspetos, nomeadamente, tipologia, localização, caracterização, génese, produções, reservas, importância económica e aplicações. A obra está estruturada em 57 capítulos repartidos por sete temas: minérios metálicos, minerais industriais, rochas industriais, rochas ornamentais e recursos energéticos. O sexto tema aborda os recursos hidrogeológicos. O último tema é dedicado ao potencial em recursos geológicos existente no país, incluindo hidrocarbonetos e recursos no Oceano.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Loess

Em algumas zonas da Terra a superfície é coberta com depósitos detríticos ondulados e muito finos. 
Ao longo de um período de talvez milhares de anos tempestades de poeiras depositaram este material que se denomina loess. A distribuição do loess em camadas indicia duas fontes principais para a formação deste sedimento: detritos estratificados pela ação das correntes do vento ou dos glaciares. Os mais espessos e extensos depósitos de loess encontram-se no Norte e Oeste da China, onde acumulações com 30 metros de espessura são vulgares e onde, até, foram determinadas espessuras superiores a 100 metros. É este fino sedimento amarelado que dá o nome ao Rio Amarelo (Hwang Ho) e ao adjacente Mar Amarelo. As bacias desérticas, situadas na Ásia Central, com 800 000 quilómetros quadrados, são as principais fontes de loess. 
Ao contrário dos depósitos de loess da China, os dos Estados Unidos da América e da Europa, são um produto indireto das glaciações. Durante a regressão do gelo glacial, muitos vales foram preenchidos com depósitos transportados pela água resultante de degelo. Ventos fortes devem ter arrastado esses finos sedimentos e devem tê-los depositado nas vertentes que limitavam os vales. Esta origem é confirmada pelo facto dos mais espessos depósitos de loess se localizarem nas margens dos vales de drenagem dos maiores glaciares. Além disso, as partículas angulares mecanicamente erodidas que constituem este loess têm a mesma constituição que os detritos resultantes da erosão glaciar.



Loess


Fonte: http://www.infopedia.pt/$loess


Reflexão: O Loess é algo que acontece na Natureza por ação de vários fatores. É uma boa forma de percebermos mais um pouco de como as coisas acontecem na natureza e como se formam. 

terça-feira, 5 de maio de 2015

Distribuição de tipos de solo

     Os solos, ou resultam de alterações químicas, físicas e biológicas das formações geológicas, as quais dependem, em grande parte, do tipo de clima e do ritmo do tempo – dando os solos eluvionares, em geral pouco espessos, pedregosos e de baixa produtividade –, ou são o resultado da acumulação de detritos transportados pelos cursos de água – os aluviões ou solos aluvionares, em geral mais profundos do que aqueles, mas que só se encontram em áreas reduzidas nos vales largos do norte e nuns largos quilómetros quadrados nas bacias do Tejo - Sado.
Seja qual for a sua origem, os solos estão sujeitos a vários tipos de erosão que contribuem para aumentar a sua degradação e o seu empobrecimento. Um estudo efetuado no início do último decénio do século passado, no Centro Experimental de Erosão de Vale Formoso, perto de Mértola, em terrenos xistosos e sob uma precipitação de 773,3mm verificada de setembro (1989) a janeiro (1990) registou as seguintes perdas de solo, segundo a ocupação de parcelas:

Com restolho: 1,130t/ha
Com trigo (lavoura segundo as curvas de nível):
10,101t/ha
Com solo nu (lavoura perpendicular às curvas 
de nível): 40,992t/ha
Com pastagem natural: 0,041t/ha





Reflexão: É muito importante saber que tipos de solos estão inerentes a cada região de Portugal. Em geologia, os solos, são uma das matérias mais importantes e, deste modo, achamos que seria uma notícia adequada para alimentar a informação no nosso blogue. 

terça-feira, 28 de abril de 2015

Recursos energéticos fósseis

     A natureza oferece uma série de recursos indispensáveis ao homem, entre eles podemos citar os minerais. Os recursos minerais foram extraídos de maneira mais intensa a partir da Primeira Revolução Industrial. Uma vez que para o funcionamento da indústria era preciso ter abundância de matéria-prima e energia, logo nesse seguimento de produção, os recursos mais utilizados são os minérios, que podem ser renováveis e não renováveis e metálicos ou não metálicos.


     Os minerais fósseis são de origem orgânica, tiveram a sua utilização difundida a partir da Revolução Industrial com a invenção da máquina a vapor, que era movida a carvão mineral, de origem fóssil. Em geral, esses minerais têm o seu uso vinculado à produção de energia, da maneira que a movimenta, além de máquinas, aviões, carros, caminhões, entre outros. Os recursos energéticos fósseis possuem outros usos, pois são agregados na produção de inúmeros produtos.

     Os principais são: petróleo e carvão. Esses são de importância fundamental para o desenvolvimento de qualquer nação, tendo em vista que países desprovidos de tais recursos enfrentam muitas dificuldades nos seguimentos industriais, comerciais e agrícolas.



O petróleo formou-se há milhões de anos, a partir de matéria orgânica (restos de animais, vegetais e microrganismos) que se armazenaram no fundo dos oceanos. Por causa da temperatura e da pressão sofrida, a matéria orgânica transformou-se num líquido viscoso, de coloração escura. 

Esse importante recurso mineral é extraído todos os dias em várias partes do mundo, a unidade de medida usada é o barril, que equivale a 159 litros de petróleo. Após a extracção do petróleo do subsolo ou do fundo do mar, ele é transportado para as refinarias, onde o minério bruto é beneficiado e transformado em produtos como: gasolina, óleo diesel e querosene. A partir do petróleo são fabricados ainda: plásticos, borrachas sintéticas, asfalto, fertilizantes, fibras e muitos outros. 

O carvão formou-se há milhões de anos através da decomposição de matéria orgânica (vegetais e animais) que transformou-se face à abundância em carbono, um elemento rochoso, o próprio carvão mineral. Uma das principais utilizações desse minério é de servir de energia em fornos siderúrgicos, nos quais é produzido o aço. O carvão também é agregado no fabrico de corantes, insecticidas, plásticos, medicamentos, entre outros.

Reflexão:
Os recursos energéticos fosseis são extremamente importantes para o dia a dia do ser humano. A sua exploração é demasiada, mas a utilização de energias renováveis ajuda que estes recursos sejam conservados e se prolonguem anos e mais anos

terça-feira, 21 de abril de 2015

Criança do Lapedo

Criança do Lapedo foi a denominação dada ao fóssil de uma criança encontrado em 1998 no Abrigo do Lagar Velho do Vale do Lapedo, na cidade portuguesa de Leiria.




Descoberta

O menino do Lapedo foi descoberto em 28 de Novembro de 1998, dia em se realizou uma expedição ao Abrigo do Lagar Velho, para estudar algumas pinturas ruprestes descobertas anteriormente. A reconstituição da época demonstra que o lugar do enterramento correspondia a um cone de acumulação de sedimentos, rodeado pela Ribeira do Sibol e uma possível exsurgência na parede cálcaria. Para enterrar a criança, tinha sido escavada uma pequena fossa e queimado um ramo de pinheiro. A criança foi embrulhada numa mortalha tingida com ocre vermelho (daí a tonalidade vermelha do solo na sepultura) e estendida na fossa, de costas e ligeiramente inclinada para a parede do abrigo. Junto ao pescoço foi ainda recolhida uma concha tingida a ocre, que deveria fazer parte de um colar, e quatro dentes de veado na cabeça, que poderiam fazer parte de uma espécie de touca. A criança foi ainda enterrada com oferendas de carne de veado.
O esqueleto mede cerca de 90 centímetros. Desconhece-se o sexo do esqueleto (apesar de ser chamado "menino"). O esqueleto no entanto não estava totalmente intacto: a mão, o antebraço e o pé esquerdos tinham sido deslocados, ou por um animal a escavar na toca, ou no acto da descoberta; o crânio, o ombro e o braço direitos foram esmagados durante o processo de terraplanagem do local. A caixa torácica, a coluna vertebral, a cintura pélvica, as pernas, o braço esquerdo e o pé direito, no entanto, estavam intactos e na posição original.

terça-feira, 17 de março de 2015

Cientistas portugueses no vulcão da Ilha do Fogo

A erupção vulcânica na ilha do Fogo, em Cabo Verde, começou a 23 de Novembro tendo de imediato partido para o local uma equipa de geólogos e geofísicos do Instituto Dom Luiz, um laboratório associado da Universidade de Lisboa. O regresso aconteceu há dias, no entanto, a cooperação dos cientistas portugueses com as entidades cabo-verdeanas continua à distância.
   
“A pedido dos colegas cabo-verdeanos estive a fazer anteontem à noite uma previsão do eventual percurso das lavas”, conta José Madeira, professor do departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e um dos primeiros membros da equipa a chegar ao Fogo.

Desde que a ilha do Fogo foi descoberta, no século XV, ocorreram 11 erupções bem documentadas, existindo outras 15 referências lacónicas a erupções em curso. As últimas erupções ocorreram em 1857, 1951 e 1995. 
“Nesta erupção a lava que foi emitida pelo cone vulcânico correu encostada ao derrame de 1995 e dirigiu-se muito rapidamente para a povoação da Portela”, explica José Madeira, que também acompanhou a erupção iniciada em Abril de 1995. Chegada de uma equipa da Força Aérea e Polícia Portuguesas com telefones de satélite para distribuição aos elementos operacionais no terreno. Manhã do dia 2 de Dezembro (créditos: J. Madeira | FCUL | IDL )

segunda-feira, 16 de março de 2015

Pesquisadores brasileiros e estrangeiros buscam meteorito

Vista de Angra dos Reis, no Rio de JaneiroRio de Janeiro – Pesquisadores e estudantes de geologia e astronomia de diferentes países farão uma expedição em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense, neste fim de semana para buscar partes do mais raro meteorito do mundo e um dos mais valiosos. Chamado de Angra dos Reis ou Angrito, o meteorito caiu no mar de Angra há 150 anos.
A expedição é uma das atividades do 4° Encontro Internacional de Meteoritos e Vulcões 2013, que começou hoje (7) e vai até domingo, no Instituto de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Duas pedras, que tem cor violeta e crosta brilhante, foram encontradas e, pelo encaixe, estudiosos concluíram que falta uma terceira peça até hoje desaparecida, além de fragmentos. Geóloga e uma das coordenadoras do evento, Elizabeth Zucolotto explicou que Angrito é quase tão antigo quanto o sistema solar, que tem 4,56 bilhões de anos.
“Não há nada igual ao Angra dos Reis. Ele é quase uma pedra filosofal, pois ajudaria a explicar como o sistema solar se formou tão rápido”, contou ela. “E quanto mais material encontrarmos melhor para os estudiosos. Se nós não encontrarmos [a parte desaparecida], pelo menos, faremos uma divulgação para que outras pessoas a procurem”.
Um dos pedaços encontrados, de 70 gramas, foi doado ao Museu Nacional e a outra, com mais de 6 kg, avaliada em mais de US$ 1 milhão, desapareceu. A pesquisadora contou que a peça doada ao museu chegou a ser roubada em 1997, mas foi recuperada.“Tentaram vendê-la a colecionadores a US$ 10 mil dólares o grama, mas felizmente o meteorito foi interceptado no aeroporto antes de ser enviado para os Estados Unidos”, contou ela.
O Brasil possui 62 meteoritos reconhecidos por cientistas, número baixo se comparado aos Estados Unidos, onde caíram mais de 2 mil meteoritos. Elizabeth lembra que muitos nem chegam a ser reconhecidos, “caem muitos também no Brasil, mas as pessoas não sabem. O que não temos é um órgão oficial para reconhecer esses corpos”.
A pesquisadora lembrou do meteorito que caiu em Pernambuco, em setembro, e que foi vendido para um colecionador brasileiro por R$ 18 mil. “Ele deixou à disposição para a pesquisa até ser classificado, o que deve levar pouco mais de um mês”, explicou a geóloga.

Para um meteorito passar a existir oficialmente e ser avaliado ele deve ser submetido ao NomCom e aprovado e publicado no Meteoritical Bulletin. Além disso, é necessária uma amostra de pelo menos 20 gramas sob a tutela de um museu credenciado e 30g destinada à pesquisa em laboratórios.


Diamante brasileiro indica reservatório de água imenso

Copo com água


Washington - Um diamante marrom, de aparência suja e sem valor comercial encontrado no Brasil, está proporcionando informações sobre a composição de uma camada profunda de nosso planeta.

O diamante contém um mineral chamado ringwoodite, que absorveu uma quantidade significativa de água, relatou uma equipe internacional de cientistas nesta semana.
A descoberta do mineral rico em água indica que quantidades imensas de água estão aprisionadas em uma zona entre 410 e 660 km abaixo da superfície, entre as camadas superior e inferior da Terra, disseram os pesquisadores.
O ringwoodite é uma forma do mineral peridoto, que se acredita existir em grande quantidade sob enorme pressão debaixo da Terra. Descobriu-se que o mineral contém 1,5 por cento de seu peso em água.
"Esta amostra realmente fornece uma confirmação muito forte de que há trechos úmidos locais no fundo da Terra nesta área", afirmou o cientista de diamantes Graham Pearson, da Universidade de Alberta, que liderou a pesquisa publicada no periódico Nature.
"Aquela zona da Terra em particular, a zona de transição, pode ter tanta água quanto todos os oceanos do mundo juntos", declarou Pearson em um comunicado.
Essa água não está na forma de oceanos líquidos subterrâneos, e sim aprisionada nos minerais, disseram os cientistas.
O diamante, formado nas profundezas do solo, foi descoberto em 2008 em Juína, no interior do Mato Grosso, onde os mineradores o encontraram entre o cascalho de um rio pouco profundo. Ele foi transportado para a superfície do planeta por uma rocha vulcânica conhecida como kimberlito, segundo os pesquisadores.
Os ringwoodites têm sido visto em meteoritos, mas esta foi a primeira amostra terrestre encontrada, afirmaram, porque é difícil demais fazer trabalho de campo científico em profundidades extremas.
Há um debate em andamento entre alguns cientistas sobre a composição da zona de transição da Terra e se está repleta de água ou não. Determinar que existe água lá tem implicações para o estudo do vulcanismo e das placas tectônicas, de acordo com os pesquisadores.
"Uma das razões de a Terra ser um planeta tão dinâmico é a presença de alguma água em seu interior," disse Pearson. "A água muda tudo no funcionamento de um planeta".