terça-feira, 17 de março de 2015

Cientistas portugueses no vulcão da Ilha do Fogo

A erupção vulcânica na ilha do Fogo, em Cabo Verde, começou a 23 de Novembro tendo de imediato partido para o local uma equipa de geólogos e geofísicos do Instituto Dom Luiz, um laboratório associado da Universidade de Lisboa. O regresso aconteceu há dias, no entanto, a cooperação dos cientistas portugueses com as entidades cabo-verdeanas continua à distância.
   
“A pedido dos colegas cabo-verdeanos estive a fazer anteontem à noite uma previsão do eventual percurso das lavas”, conta José Madeira, professor do departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e um dos primeiros membros da equipa a chegar ao Fogo.

Desde que a ilha do Fogo foi descoberta, no século XV, ocorreram 11 erupções bem documentadas, existindo outras 15 referências lacónicas a erupções em curso. As últimas erupções ocorreram em 1857, 1951 e 1995. 
“Nesta erupção a lava que foi emitida pelo cone vulcânico correu encostada ao derrame de 1995 e dirigiu-se muito rapidamente para a povoação da Portela”, explica José Madeira, que também acompanhou a erupção iniciada em Abril de 1995. Chegada de uma equipa da Força Aérea e Polícia Portuguesas com telefones de satélite para distribuição aos elementos operacionais no terreno. Manhã do dia 2 de Dezembro (créditos: J. Madeira | FCUL | IDL )

segunda-feira, 16 de março de 2015

Pesquisadores brasileiros e estrangeiros buscam meteorito

Vista de Angra dos Reis, no Rio de JaneiroRio de Janeiro – Pesquisadores e estudantes de geologia e astronomia de diferentes países farão uma expedição em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense, neste fim de semana para buscar partes do mais raro meteorito do mundo e um dos mais valiosos. Chamado de Angra dos Reis ou Angrito, o meteorito caiu no mar de Angra há 150 anos.
A expedição é uma das atividades do 4° Encontro Internacional de Meteoritos e Vulcões 2013, que começou hoje (7) e vai até domingo, no Instituto de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Duas pedras, que tem cor violeta e crosta brilhante, foram encontradas e, pelo encaixe, estudiosos concluíram que falta uma terceira peça até hoje desaparecida, além de fragmentos. Geóloga e uma das coordenadoras do evento, Elizabeth Zucolotto explicou que Angrito é quase tão antigo quanto o sistema solar, que tem 4,56 bilhões de anos.
“Não há nada igual ao Angra dos Reis. Ele é quase uma pedra filosofal, pois ajudaria a explicar como o sistema solar se formou tão rápido”, contou ela. “E quanto mais material encontrarmos melhor para os estudiosos. Se nós não encontrarmos [a parte desaparecida], pelo menos, faremos uma divulgação para que outras pessoas a procurem”.
Um dos pedaços encontrados, de 70 gramas, foi doado ao Museu Nacional e a outra, com mais de 6 kg, avaliada em mais de US$ 1 milhão, desapareceu. A pesquisadora contou que a peça doada ao museu chegou a ser roubada em 1997, mas foi recuperada.“Tentaram vendê-la a colecionadores a US$ 10 mil dólares o grama, mas felizmente o meteorito foi interceptado no aeroporto antes de ser enviado para os Estados Unidos”, contou ela.
O Brasil possui 62 meteoritos reconhecidos por cientistas, número baixo se comparado aos Estados Unidos, onde caíram mais de 2 mil meteoritos. Elizabeth lembra que muitos nem chegam a ser reconhecidos, “caem muitos também no Brasil, mas as pessoas não sabem. O que não temos é um órgão oficial para reconhecer esses corpos”.
A pesquisadora lembrou do meteorito que caiu em Pernambuco, em setembro, e que foi vendido para um colecionador brasileiro por R$ 18 mil. “Ele deixou à disposição para a pesquisa até ser classificado, o que deve levar pouco mais de um mês”, explicou a geóloga.

Para um meteorito passar a existir oficialmente e ser avaliado ele deve ser submetido ao NomCom e aprovado e publicado no Meteoritical Bulletin. Além disso, é necessária uma amostra de pelo menos 20 gramas sob a tutela de um museu credenciado e 30g destinada à pesquisa em laboratórios.


Diamante brasileiro indica reservatório de água imenso

Copo com água


Washington - Um diamante marrom, de aparência suja e sem valor comercial encontrado no Brasil, está proporcionando informações sobre a composição de uma camada profunda de nosso planeta.

O diamante contém um mineral chamado ringwoodite, que absorveu uma quantidade significativa de água, relatou uma equipe internacional de cientistas nesta semana.
A descoberta do mineral rico em água indica que quantidades imensas de água estão aprisionadas em uma zona entre 410 e 660 km abaixo da superfície, entre as camadas superior e inferior da Terra, disseram os pesquisadores.
O ringwoodite é uma forma do mineral peridoto, que se acredita existir em grande quantidade sob enorme pressão debaixo da Terra. Descobriu-se que o mineral contém 1,5 por cento de seu peso em água.
"Esta amostra realmente fornece uma confirmação muito forte de que há trechos úmidos locais no fundo da Terra nesta área", afirmou o cientista de diamantes Graham Pearson, da Universidade de Alberta, que liderou a pesquisa publicada no periódico Nature.
"Aquela zona da Terra em particular, a zona de transição, pode ter tanta água quanto todos os oceanos do mundo juntos", declarou Pearson em um comunicado.
Essa água não está na forma de oceanos líquidos subterrâneos, e sim aprisionada nos minerais, disseram os cientistas.
O diamante, formado nas profundezas do solo, foi descoberto em 2008 em Juína, no interior do Mato Grosso, onde os mineradores o encontraram entre o cascalho de um rio pouco profundo. Ele foi transportado para a superfície do planeta por uma rocha vulcânica conhecida como kimberlito, segundo os pesquisadores.
Os ringwoodites têm sido visto em meteoritos, mas esta foi a primeira amostra terrestre encontrada, afirmaram, porque é difícil demais fazer trabalho de campo científico em profundidades extremas.
Há um debate em andamento entre alguns cientistas sobre a composição da zona de transição da Terra e se está repleta de água ou não. Determinar que existe água lá tem implicações para o estudo do vulcanismo e das placas tectônicas, de acordo com os pesquisadores.
"Uma das razões de a Terra ser um planeta tão dinâmico é a presença de alguma água em seu interior," disse Pearson. "A água muda tudo no funcionamento de um planeta".

Terremoto de magnitude 6,3 atinge noroeste da Argentina

Buenos Aires - Um terremoto de magnitude 6,3 atingiu o noroeste da Argentinanesta segunda-feira, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), mas não houve relatos imediatos sobre vítimas.
O tremor aconteceu 93 quilômetros a noroeste de San Luís, que fica sob as montanhas dos Andes, a uma profundidade de 184 quilômetros, de acordo com dados do USGS.
O jornalista local Alejandro Costanzo disse que os tremores não foram sentidos com muita intensidade na cidade, mas tiveram duração prolongada. Ele disse que não viu danos de imediato em San Luís.
"Os prédios aqui são projetados para esse tipo de acontecimento", disse Costanzo à emissora de televisão TN, em San Luís, acrescentando que a região do entorno era pouco povoada.

Fóssil de cobra portuguesa é dos mais antigos do mundo



Foi encontrada numa mina perto de Leiria nos anos 1970. Daí viajou para a Alemanha, onde esteve até regressar a Portugal em 2008. Desde então tem sido estudada pela equipa de um paleontólogo canadiano, que agora a incluiu na lista dos fósseis de cobras mais antigos que se conhecem.



                                      Eis a Portugalophis lignites

No artigo na Nature Communications, a equipa de Michael Caldwell, da Universidade de Alberta, no Canadá, classifica os fósseis da cobra da Guimarota como uma espécie e, mais ainda, um género novos para a ciência. O nome: Portugalophis lignites. O género Portugalophis significa “cobra de Portugal”, uma vez que ophis é “cobra” em grego, e lignites vem da palavralignum em latim, remetendo para a mina de lenhite da Guimarota.

Era a maior das quatro cobras descritas, estimando-se que tivesse 1,2 metros de comprimento e, segundo a agência Reuters, pode ter incluído na dieta os minúsculos mamíferos primitivos do Jurássico, bem como pequenos dinossauros, lagartos, aves ou rãs. Numa ilustração divulgada pela equipa, surge representada em cima de um gingko, árvores do Jurássico que ainda existem hoje e que fizeram parte da paisagem da Bacia Lusitânica.

Cartas Geológicas


Carta geológica é um mapa onde são encontradas informações geológicas. Numa carta geológica devem ser mostradas informações sobre o que está por baixo da superfície terrestre. Podemos, então, representar numa carta geológica o seguinte: Tipo, idade relativa e localização das diferentes formações geológicas; Tipo e localização do contacto entre os diferentes tipos de litologia; Tipo e localização dos depósitos de superfície; Direcção e inclinação das rochas estratificadas; Tipo e localização de aspectos relacionados com a deformação das rochas; Base topográfica que serve de apoio à cartografia geológica. As cartas geológicas de hoje devem também representar: A coluna estratigráfica que relaciona as várias unidades em termos cronológicos, colocando em evidência o tipo de contacto e a eventual existência de descontinuidade entre elas o(s) perfil(s) interpretativo(s) definido(s) segundo direcções que permitem uma melhor interpretação das principais estruturas geológicas existente em certa região. Por isso, sabe-se que as cartas geológicas são uteis para: A prospecção e exploração de recursos energéticos, minerais; A prospecção e exploração de águas subterrâneas; a selecção e caracterização de locais para a implantação de grandes obras de engenharia; Estudos de caracterização e preservação do ambiente; Estudos de previsão e de prevenção de fenómenos naturais, como, por exemplo,

A glaciação na Serra da Estrela

     Os glaciares da Serra da Estrela deixaram diversos depósitos sedimentares que caracterizam toda a paisagem do maciço e tornam inequívoca a existência da própria glaciação. Formações geológicas típicas associadas à morfogénese glaciária parecem estar na base de alterações nas condições ecológicas, que se reflectem na flora e na vegetação, nomeadamente ao nível de variações no declive; orientação das vertentes ao sol e aos ventos; existência ou não de rególitos e de depósitos sedimentares.


Vale em "U" do Zêzere


Moreias
Reflexão:
     Nesta noticia fala de uma região que é mais próxima de nós e apresenta os sinais de glaciação em toda a sua área. 

Glaciares

     Para um geólogo, um bloco de gelo é uma rocha, uma massa de grãos cristalinos do mineral gelo. Tal como a maioria das rochas, o gelo é duro mas é muito menos denso do que a maioria das rochas. A rocha é formada à medida que os flocos de neve espaçados sofrem diagénese e recristalizam numa massa sólida. 
A característica incomum do gelo enquanto mineral é a sua temperatura de fusão extremamente baixa, centenas de graus abaixo das temperaturas às quais a maioria dos minerais se liquefaz.

     Os glaciares são massas de gelo em terra firme que apresentam provas de movimento actual ou antigo. Dividimos os glaciares com base no tamanho e na forma em dois tipos básicos: os glaciares de vale ou alpinos e os glaciares continentais ou inlandsis. 

     Os glaciares de vale ou glaciares alpinos são rios de gelo que se formam nas partes mais altas das cordilheiras montanhosas onde a neve se acumula, geralmente em vales pré-existentes, fluindo ao longo dos mesmos. A maioria destes glaciares ocupa a largura total do vale e pode afundar a sua base rochosa sob centenas de metros de gelo.

Fonte: geologia12.blogs.sapo.pt         


     Os glaciares continentais são muito maiores do que os glaciares de vale que são constituídos por um manto de gelo extremamente lento, daí também o seu outro nome de inlandsis. Os maiores inlandsis actualmente são os que cobrem grande parte da Gronelândia e da Antárctida. O gelo glaciar da Gronelândia e da Antárctida não se encontra confinado aos vales de montanha, mas cobre praticamente toda a sua superfície sólida.
Fonte: fisica2100forumeiros.com        


Reflexão:

     No âmbito da disciplina de Geologia e do estudo dos glaciares, achamos por bem colaborar com os leitores do nosso blog esta informação que nos agrada particularmente. De facto, os glaciares são enormes massas de gelo maravilhosamente espantosas. Têm um grande poder erosivo e transformam por completo qualquer paisagem.

Fontes:
- geodinamica.no.sapo.pt        

Cartas Topográficas: O que são?



     Carta topográfica é a representação, em escala, sobre um plano dos acidentes naturais e artificiais da superfície terrestre de forma mensurável, mostrando as suas posições planimétricas e altimétricas. A posição altimétrica ou relevo é normalmente determinada por curvas de nível, com as cotas referidas ao nível do mar.
    Assim, carta topográfica é o documento que representa, de forma sistemática, geralmente em escalas entre 1:100.000 e 1:25.000, a superfície terrestre por meio de projeções cartográficas.
     Cartas topográficas não são mapas, embora tenham com esses muitas semelhanças. Ao contrário dos mapas, que representam certas porções bem definidas do espaço terrestre, como cidades, estados, mares, países, cujos limites são físicos ou políticos; os limites de uma carta topográfica são matemáticos, geralmente meridianos e paralelos.
É elaborada a partir de aerofotogrametria. Acidentes naturais e artificiais onde elementos planimetricos(obra) e altimetricos(relevo) são geometricamente bem representados.



Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Carta_topogr%C3%A1fica


Construção de perfis topográficos e cortes geológicos

Carta geológica


Na carta geológica, sendo uma representação bidimensional, podemos localizar com facilidade a existência de dobras, falhas, cavalgamentos; contudo, não temos uma imagem precisa do que existe em profundidade.





A construção de cortes geológicos é uma técnica que consiste na representação gráfica da secção de terrenos que são intersectados por um plano, geralmente vertical.
Para realizar um determinado corte geológico, é necessária, em primeiro lugar, a construção do perfil topográfico. Um perfil topográfico é uma representação bidimensional que permite visualizar o relevo ao longo de uma linha traçada sobre a carta, geralmente um segmento de recta.

Perfil geológico
Após a construção do perfil topográfico podemos realizar cortes geológicos segundo a mesma linha recta traçada sobre a carta . A realização de um corte geológico permite visualizar a disposição e a relação entre as diferentes litologias que se encontram em profundidade.

 
Construção do corte geológico

No final, estabelecem-se os encontros de limites e correlacionam-se as várias camadas, para obter um resultado coerente com a representação cartográfica observada e analisada no map
a.


Reflexão: a realização de cortes e perfis geológicos é um método fácil de usar e que ajuda na construção de cartas geológicas.

Fonte: http://geoexploracao.blogspot.pt/2012/02/contrucao-de-perfis-topograficos-e.html