Fósseis, são restos ou vestígios de seres vivos que viveram em tempos geológicos, que não o nosso e que são contemporâneos da rocha que os contém. Designam-se somatofósseis, quando nos referimos ao próprio ser vivo ou às suas partes e icnofósseis, quando nos referimos a marcas ou vestígios da sua atividade (pegadas, rastos, ovos...).
O processo natural de um fóssil é denominado fossilização.
A fossilização é um processo extremamente
lento e complexo, chegando a durar milhares de anos. Trata-se, ainda, de um mecanismo raro,
uma vez que, para ocorrer, são necessárias condições extremamente favoráveis à
conservação do vestígio deixado pelo organismo:
- É preciso haver um soterramento rápido do corpo do ser vivo, caso contrário, ele será rapidamente degradado por microrganismos decompositores
(bactérias e fungos). Esses restos são cobertos por areia, argila, e
outros sedimentos.
- Só podem ser fossilizados os organismos que
possuem partes rígidas, como ossos, dentes, troncos, carapaças e conchas,
que são as partes que menos sofrem decomposição.
- O tipo de sedimento que submerge o organismo deve
ser fino (como o silte e a argila), pois os sedimentos mais grossos podem
ser erodidos com o movimento das águas, além de decompor a matéria
orgânica.
- O meio onde ser forma um fóssil, para uma melhor
conservação, deve ser desprovido de oxigénio (anaeróbio), já que a oxidação contribui
muito para a degradação orgânica. O clima deve ser frio, pois a ação dos
microrganismos decompositores diminui
muito em temperaturas baixas.
Existem diferentes
tipos de fossilização:
- Moldagem – consiste
num tipo de fossilização em que os restos soterrados do ser vivo, após
deixarem a sua forma gravada na rocha, são completamente degradados (até
mesmo as partes mais duras desaparecem).
- Contramoldagem – ocorre
quando a lacuna deixada no molde é preenchida por minerais, que se
solidificam constituindo uma cópia, em rocha, do ser vivo original. Logo,
a ocorrência de um processo de contramoldagem depende obrigatoriamente do
processo de moldagem.
- Mumificação/conservação – tipo de fossilização mais raro, em que há a
preservação de parte ou de todo o organismo. Esse corpo pode ser
congelado, desidratado ou solidificado por meio de substâncias
impermeáveis. Dessa forma, podem ser preservadas ilesas algumas partes
como, órgãos, pele e até sua última refeição.
- Mineralização– nesse tipo de fossilização, as substâncias orgânicas do corpo do
organismo soterrado são substituídas por minerais presentes no meio ou
trazidos pela água (como a sílica, por exemplo). Através deste processo,
são fossilizadas as partes duras (ossos, dentes, unhas), ramos e troncos
de plantas, entre outros.
- Impressão – tipo de fossilização em que somente são preservados os vestígios deixados pelo organismo, como por exemplo, pegadas, rastos, tocas ou marcas que um ser vivo deixou sobre um terreno mole, que, com o passar do tempo, se transformou em rocha.
Reflexão: A fossilização é um processo importante, pois através dela podemos descobrir vários seres vivos,
ou partes deles, que existiram no passado e perceber o tempo ou a era em que viveram.
muito informativo e completo, bom trabalho
ResponderEliminarexelente trabalho
ResponderEliminarexelente trabalho
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